quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Das migalhas à abundância
Falaremos um pouco mais sobre Boaz como uma figura de Cristo e Rute como uma figura da Igreja.
Dt 24.19-21 determina a lei da respiga, uma lei que beneficiava aos pobres. Na colheita os colhedores deveriam deixar alguns grãos e algumas frutas nas árvores, os pobres tinham o direito de vir e apanhar o que foi deixado para seu sustento e dos seus.
Rute havia voltado de Moabe com sua sogra numa situação muito difícil uma vez que se tratava de duas viúvas. Rute porém saiu ao campo a fim de apanhar espigas e por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, o qual era da família de Elimeleque (falecido marido de Noemi) Segundo a lei um parente deveria se casar com Rute para trazer descendência ao falecido. Há casualidades que devemos chamar de PROVIDÊNCIA DIVINA, a mão de Deus guiando a história na vida de alguém.
Quando Rute saiu de casa, sua intenção era apanhar o que sobrava dos campos, aquilo que era insignificante pra muita gente, a sobra. Mas de repente alguém se interessa por ela, ninguém mais, ninguém menos do que aquele que tinha abundância para lhe oferecer. "Perguntou Boaz ao servo encarregado dos segadores: De quem é esta moça?" (Rt 2.5) Ele se interessou, se aproximou e falou com ela. Muitas pessoas estão pensando como Rute quando saiu de casa, buscar alguma coisinha que as ajude a sobreviver um pouco mais, muitas pessoas vão a igreja pensando: "quem sabe um versículo ao ser lido vai falar comigo, me alimentar, me dar um pouquinho de força pra continuar". O Senhor Jesus vê todas essas pessoas, se interessa por elas, se aproxima trazendo-lhes uma Palavra. Vejamos o que Boaz disse a Rute:
"Ouve, filha minha, não vais colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas servas" (V. 8)
"Ouve", dê ouvidos, atente para isto, confie nesta palavra.
"filha minha", ele te recebe como filha(o)
"não vais colher em outro campo", as mulheres eram vulneráveis aos homens nos campos, algumas eram molestadas, mas em baixo se suas asas ela estaria segura, ali era o lugar onde ela deveria permanecer, não devemos sair da presença do Senhor, neste lugar somos escondidos e protegidos.
"Porém aqui ficarás com as minhas servas", a partir de agora andarás com os que trabalham pra mim.
"Quando tiveres sede vai as vasilhas e bebe..." v.9 Na presença do Senhor Jesus a nossa sede é totalmente saciada.
"À hora de comer, Boaz lhe disse: Achega-te para aqui, e come do pão, e molha no vinho o teu bocado... ela comeu e se fartou e ainda lhe sobejou". v. 14 A hora da refeição representa um momento de comunhão, quando somos chamados a comunhão saímos tão fartos que levamos para casa e podemos repartir com pessoas que também estão famintas.
"Boaz deu ordem aos seus servos dizendo: Até entre as gavelas deixai-a colher e não a censureis. Tirai dos molhos algumas espigas, e deixai-as, para que apanhe... debulhou o que apanhara, e foi quase um efa de cevada. v 15,16,17 Quem saiu de casa para colher as migalhas foi agraciada e recebeu em abundância, os servos de Boaz foram ordenados a deixar cair espigas de propósito para que ela apanhasse, Rute saiu daquele lugar saciada e levou para casa uma abundância de alimentos, quando vamos até Jesus com anseio de receber nem que seja um pouquinho, ele nos surpreende e nos dá em abundância.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Profissão ou chamado?
"Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros. Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel". (Amós 7.14,15)
A vida tranquila de Amós foi perturbada por uma série de visões que várias nações seriam julgadas por Deus e entre elas Israel e Judá, apesar de afirmarem estar sob a perpétua proteção de Deus. Ele precisava denunciar a vida de luxo, a idolatria, a depravação moral do povo advertindo sobre julgamento e cativeiro final. A opressão contra o pobre era imensa, os famintos permaneciam amíngua, a justiça se vendia a quem subornasse mais, a religião não era negligenciada, mas havia sido pervertida o julgamento divino era iminente.
A missão de Amós não era fácil, ele precisava ser corajoso para levar uma mensagem de julgamento a um povo que acreditava estar agradando a Deus, quando este já estava para julgá-los. Ele veio para lhes dizer: "Como andarão dois juntos se não estiverem de acordo?" (Amós 3.3) Deus já não andava mais com o povo porque eles não concordavam com a sua Palavra.
Deus havia levantado profetas no meio do povo, mas eles os calaram. "Dentre vossos filhos, suscitei profetas e, dentre os vossos jovens, nazireus... mas vós aos nazireus destes a beber vinho e aos profetas ordenastes, dizendo: não profetizeis" (Amós 2.11,12) Então o Senhor levantou alguém que não era um profeta por descendência ou por profissão, mas que tinha um chamado, não foi escolha dele ser profeta, quem desejaria a missão de profetizar a um povo numa situação como esta? Que não dava ouvidos nem aos profetas nascidos entre eles! Como ouviriam a um pastor de ovelhas. Ele foi rejeitado e acusado, apesar de interceder pela nação para que Deus tivesse misericórdia, conseguiu apaziguar a ira de Deus muitas vezes, ainda assim foi rejeitado pelo próprio sacerdote, daquele que era uma autoridade espiritual no meio da nação, ao invés de receber apoio, Amós recebia confronto e desprezo.
Então, Amazias disse a Amós: Vai-te ó vidente, foge para a terra de Judá... (Amós 7.12)
"Respondeu Amós e disse a Amazias: Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros. Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel". (Amós 7.14,15) Recusou-se a fugir, seu chamado não vinha de homens mas de Deus e, havia dentro dele uma chama abrasadora que não deixava ele voltar atrás. "Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará? (Amós 3.8) Ele não escolhera ser profeta mas Deus o escolheu de uma forma tão surpreendente que ele não conseguia resistir, o chamado de Deus era muito forte na vida dele não dava para fugir.
Talvez há um desejo em seu coração de fazer algo para Deus, algo que ajude a Igreja a renovar o seu compromisso, e você acha que existem outros na sua frente, pessoas que nasceram na igreja ou são filhos de pastores... não importa quem você é ou a sua profissão, ou o quão pequeno você se acha... ou se pensa que ninguém lhe dará ouvidos, deixe o chamado de Deus arder dentro de você, Deus o capacitará a cumprir aquilo para o que ele te escolheu!
Diga para ele!
"Não fostes vós quem me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda". (Jo 15.16)
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Sua presença é indispensável
"Encontrei Davi meu servo; com meu santo óleo o ungi." Sl 89.20
Davi no hebraico significa "amado". Foi um homem de variadas habilidades, tendo sido guerreiro, político, poeta e profeta. Conseguiu reunir todas as tribos de Israel em torno da nova capital, Jerusalém. Conferiu ao reino uma nova direção espiritual.
Davi era bisneto de Rute e Boaz, e o mais jovem entre oito irmãos, dentro da economia da família sua responsabilidade era a de pastor. Através desta ocupação ele teve a oportunidade de adquirir a coragem que usou em seus anos como guerreiro.
"Fez pois Samuel o que dissera o Senhor e veio a Belém. Santificou ele a Jessé e os seus filhos e os convidou para o sacrifício". 1 Sa 16.4,5
No meio das campinas numa vida solitária, procurando sempre bons pastos para suas ovelhas e água para saciar a sede, ele foi encontrado pelo urso... e pelo leão... mas Deus também o encontrou: "Encontrei Davi meu servo", ainda jovem ele enfrentou muitos problemas, precisava ser treinado para o que vivia adiante, a obra magnífica de Deus começaria cedo em sua vida. Davi estava no campo seguindo a sua rotina, dando o melhor de si como pastor das ovelhas, algo extraordinário estava para acontecer, porém a sua presença fora totalmente dispensável pelos seus familiares, ele não fora convidado para o sacrifício, era o mais moço, o menor, que diferença faria, la já estava os fortes e guerreiros pra que chamar a Davi? ninguém nem se lembrou dele. Mas de repente uma voz ressoa no meio das campinas: DAVIIIIIII, a determinação era a seguinte: "Não nos assentaremos a mesa sem que ele venha". (1 Sam 16.11) Sua presença era indispensável para Deus. O que começara como um dia comum terminaria com o precioso óleo derramado sobre a sua cabeça. Naquele dia ele fora ungido rei sobre Israel, durante muitos anos Saul continuou assentado no trono, enquanto Davi lutava enfrentando diversos inimigos, mas diante de tudo isso só importava uma coisa: a unção que estava sobre a vida dele. Após a morte de Saul, houve uma batalha entre os homens de Davi e os homens de Isbosete filho de Saul, no final da luta haviam morrido vinte homens de Davi e trezentos e sessenta homens de Isbosete, (2 Sam 2.30,31) porque no final de tudo o que conta é a unção, Deus faz a diferença na vida do seu ungido.
Podemos entender que a unção é mais preciosa do que a posição, se a unção de Deus está sobre a sua vida, você é o que ele determinou para você ser! A maior preciosidade na vida de alguém é a aliança que Deus tem com ele. Veja as promessas de Deus para a vida daquele que ele tem uma aliança:
"A minha mão será firme com ele, o meu braço o fortalecerá. O inimigo jamais o surpreenderá, nem o há de afligir o filho da perversidade. Esmagarei diante dele os seus adversários e ferirei os que o odeiam. A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder. Porei a suam mão sobre o mar e a sua direita, sobre os rios. Ele me invocará dizendo: Tu és meu pai, meu Deus e a rocha da minha salvação. Fá-lo-ei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra". (Sl 89.21-27)
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